O poço secou
nenhuma gota de entendimento
nem chuva de luz
isto é o que resta ao fim do dia
apenas mais uma dose de lamento.
Não há outro poço
nem como construí-lo
só resta o vazio de um poço seco
uma imensidão sem fim
é o que resta a mim
O poço não pode mais manter a comunidade
ele mal pode com si mesmo
tudo que podia já foi feito
não conseguir mais não é um defeito
é apenas um pedido desesperado de paz ao chegar ao leito.
O poço já não é tão visitado
arborizado,limpo nem mesmo bonito
só algo em um canto escuro
que todos vêem mas ninguém enxerga
esta é prisão sem saída dele mesmo.
Autor:DeborahMM:Deborah Monte Medeiros
"... prisioneiro do seu mundo individualista, mantém-se acorrentado com suas próprias correntes...condenado por sua estupidez,caminha por corredores com pouca claridade,tem companhia quase sempre, mas a solidão permanece constante...talvez sua pretensão seja continuar em sua cela, se isolando a cada despertar... em seu mundo inóspito quase sem esperanças,ver o peso do tempo que passou.Se questiona pelo de fato de sentir que sua cela está ficando apertada como se quisesse expulsá -lo de lá...recebeu uma visita certo dia, era sobre seu livramento condicional, será que posso ser livre?,há muito mais além desses muros... sentiu toda insegurança que estava armazenada em seu peito,conversaram sobre o assunto várias vezes, foram momentos inesquecíveis pois parecia um recomeço... mas quando se está preso por tanto tempo a luz do sol incomoda seus olhos...e com palavras ofensivas e gestos infantis recusou a proposta de liberdade que lhe foi oferecida...os olhos por mais bondosos e doces, a gentileza e a paciência continuarão lá como sempre estiveram pois a essência não muda, mas o cansaço chega...O significado de amizade na sua mais pura essência foi apresentado a mim,estou trancando portas e janelas,sei o que significa uma amizade verdadeira mas estou com muito medo e cometendo erros...estou aqui e me importo mas não sei o que fazer..."
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