Hoje a esperança se refaz,
está no livro, acredita quem é capaz
Me pergunto e se ele retornar?
Todos os outros também vão poder voltar?
Hilde terá Zuzu e Tute a segurar uma vela?
E Glória terá de novo a sua Daniela?
Todas as outras famílias anônimas do mundo,
terão de volta seus amores profundos?
Será que eles que vem?
Será que eles estão bem?
Ou será que nós é que vamos?
Onde estamos?
Será retorno ou partida?
Essas mortes e essas vidas
Do que se trata de fato esta noite?
Nos questionemos sem risco de açoite
Falamos de quem já foi ou de quem é?
Para muitos, se trata de uma questão de fé
Em que? Em quem?
Na alegria? Na tristeza? No bem?
Nas pessoas? Nas religiões?
Na vida? Na morte? Nas canções?
Muitas perguntas para uma noite, um jantar...
Vamos então abrir uma garrafa e ceiar...
E depois cada um imagina sua resposta sem contar
Assim talvez os questionamentos continuem para o bem e para o mal
Mas independente disso todos irão sorrir e desejar um Feliz Natal!
Deborah MM
''Solitário não é o poeta,que na tristeza ou alegria terá para sempre a sua poesia" DeborahMM
domingo, 24 de dezembro de 2017
sábado, 23 de dezembro de 2017
Jogando bola
O globo em órbita em giros contínuos,
como a bola no pé dos meninos
Rapidamente ela segue vindo,
sob o sol no céu surgindo
Morosamente, as mãos vão encontrando,
como manipular a esfera com a habilidade de um cigano
De diferentes comprimentos e texturas,
ele descobre girando-as com ternura
Com a cadência da força,
mãos e pés dizem para ela "Corra!"
E a partir da luz do astro guia
ele aprende como cada uma gira
Com o tempo ele percebe,
o astro guia é exemplo e seu exemplo segue
Assim, ele nota no cortar deste fio
que ele seguia o vácuo, o vazio
Seu universo se expandiu,
e o jogo que um dia foi frio
Hoje é aquecido pela bola amarela e pequena
que marcou no chão de barro o poema
E como todo estrela,
um dia não será possível vê-la
Mas sua luz para sempre brilhará
nas marcas de barro no chão a piscar.
Deborah MM
como a bola no pé dos meninos
Rapidamente ela segue vindo,
sob o sol no céu surgindo
Morosamente, as mãos vão encontrando,
como manipular a esfera com a habilidade de um cigano
De diferentes comprimentos e texturas,
ele descobre girando-as com ternura
Com a cadência da força,
mãos e pés dizem para ela "Corra!"
E a partir da luz do astro guia
ele aprende como cada uma gira
Com o tempo ele percebe,
o astro guia é exemplo e seu exemplo segue
Assim, ele nota no cortar deste fio
que ele seguia o vácuo, o vazio
Seu universo se expandiu,
e o jogo que um dia foi frio
Hoje é aquecido pela bola amarela e pequena
que marcou no chão de barro o poema
E como todo estrela,
um dia não será possível vê-la
Mas sua luz para sempre brilhará
nas marcas de barro no chão a piscar.
Deborah MM
sexta-feira, 22 de dezembro de 2017
Calma e tranquilidade
Um semblante silencioso,
do tipo que parece enganoso
E de tão legítimo,
se confunde com o fictício
Em tudo que é palpável
há ruptura para o imaginável,
como o sorriso dos teus olhos,
assistindo a manifestação de ódio
Entre o fabuloso e o enganoso
Há uma linha imaginária conosco,
Ela delimita, se de fato é verdadeiro o suspiro
ou se é uma respiração de alívio,
de alguém hipotético
que tem a calma e a tranquilidade de ser antiético
O concreto seria considerar patético
esse ser aparentemente dialético
Ou será tudo mais simples?
Junto com este há mais de vinte
E embora que a descrição tenha acontecido com perfeição
é melhor ter paz do que ter razão
Então, entre tantos sujeitos figurados
É melhor para todos seguir calmo
E ao invés de contar e reparar
no silencioso semblante hipotético a incomodar
escolher contar conchas e reparar no mar.
DeborahMM
do tipo que parece enganoso
E de tão legítimo,
se confunde com o fictício
Em tudo que é palpável
há ruptura para o imaginável,
como o sorriso dos teus olhos,
assistindo a manifestação de ódio
Entre o fabuloso e o enganoso
Há uma linha imaginária conosco,
Ela delimita, se de fato é verdadeiro o suspiro
ou se é uma respiração de alívio,
de alguém hipotético
que tem a calma e a tranquilidade de ser antiético
O concreto seria considerar patético
esse ser aparentemente dialético
Ou será tudo mais simples?
Junto com este há mais de vinte
E embora que a descrição tenha acontecido com perfeição
é melhor ter paz do que ter razão
Então, entre tantos sujeitos figurados
É melhor para todos seguir calmo
E ao invés de contar e reparar
no silencioso semblante hipotético a incomodar
escolher contar conchas e reparar no mar.
DeborahMM
quinta-feira, 14 de dezembro de 2017
Senhora Poesia
A poesia é o desejo
Essa vontade que dá,
Independente se vejo
Então, vem cá!
Quero um beijo!
A sensação de derrapar nas curvas
Se entorpecer com o aroma,
sem saber se a vida continua
em um infinito coma,
entre ser dela e ser tua
sem demora ou redoma,
a sensação desnuda
por dentro e na rua.
Me abandonarei nos braços
e terá fim o meu cansaço,
Nesse abraço,
amarrarei firme com um laço
Nossos corpos até virarem bagaço!
Que mais uma vez tenhamos tempo
de fugir dessa vida,
Sem deixar rastros pelo vento
nem promessas perdidas,
Apenas viver o momento
do banho das almas unidas
Se mais for preciso, não sei dizer
só direi para o teu corpo,
Pois, sinto que só ele pode responder
e quem sabe antes de morto,
Se possa ouvir os teus suspiros de prazer
e ver o sorriso torto,
na boca se fazer
E no barulho rouco
seguir com o desejo louco
o desejo de você
Éis o ingrediente secreto conhecido
que me faz pensar tudo isso,
E faz entregar assim perdido
o desejo que há nesse feitiço,
sem saber se este me mata com o castigo
ou esta é a dor do omisso
O que importa eu não sei !
Não sei o que é!
Mas dessa vez,
o meu desejo te quer,
não só por um mês
mas na vida como minha mulher.
Deborah MM
Essa vontade que dá,
Independente se vejo
Então, vem cá!
Quero um beijo!
A sensação de derrapar nas curvas
Se entorpecer com o aroma,
sem saber se a vida continua
em um infinito coma,
entre ser dela e ser tua
sem demora ou redoma,
a sensação desnuda
por dentro e na rua.
Me abandonarei nos braços
e terá fim o meu cansaço,
Nesse abraço,
amarrarei firme com um laço
Nossos corpos até virarem bagaço!
Que mais uma vez tenhamos tempo
de fugir dessa vida,
Sem deixar rastros pelo vento
nem promessas perdidas,
Apenas viver o momento
do banho das almas unidas
Se mais for preciso, não sei dizer
só direi para o teu corpo,
Pois, sinto que só ele pode responder
e quem sabe antes de morto,
Se possa ouvir os teus suspiros de prazer
e ver o sorriso torto,
na boca se fazer
E no barulho rouco
seguir com o desejo louco
o desejo de você
Éis o ingrediente secreto conhecido
que me faz pensar tudo isso,
E faz entregar assim perdido
o desejo que há nesse feitiço,
sem saber se este me mata com o castigo
ou esta é a dor do omisso
O que importa eu não sei !
Não sei o que é!
Mas dessa vez,
o meu desejo te quer,
não só por um mês
mas na vida como minha mulher.
Deborah MM
quarta-feira, 13 de dezembro de 2017
Utopia
Eu gosto do desconforto
Aprecio aquilo que é torto
Adoro o incômodo
Venero o medo do âmago
Amo a angústia
Prezo pela modéstia
De estimar o que é ilusório
Como um utópico.
Deborah MM
Aprecio aquilo que é torto
Adoro o incômodo
Venero o medo do âmago
Amo a angústia
Prezo pela modéstia
De estimar o que é ilusório
Como um utópico.
Deborah MM
terça-feira, 12 de dezembro de 2017
Salão
No meio do saguão
Ela esperava ,pacientemente, com aquele cordão
E sem dizer não
Ela caminhava na direção
E tão rápido como um vagão
Ela partia abanando a mão
E ,secretamente, no peito sua afeição
Batia apertada no porão
De quem volta para a reclusão
Seu cárcere de observação e contemplação
Onde tudo para sair é em vão
Não há respostas na razão
E não basta ter a recordação
Pois no fim as paredes se encontrarão
E no céu estará a rosa da explosão
Que será colhida e assim então
Florescerá no infinito, na imensidão
Pela ponta do alfinete, fonte de ressurreição.
Deborah MM
Ela esperava ,pacientemente, com aquele cordão
E sem dizer não
Ela caminhava na direção
E tão rápido como um vagão
Ela partia abanando a mão
E ,secretamente, no peito sua afeição
Batia apertada no porão
De quem volta para a reclusão
Seu cárcere de observação e contemplação
Onde tudo para sair é em vão
Não há respostas na razão
E não basta ter a recordação
Pois no fim as paredes se encontrarão
E no céu estará a rosa da explosão
Que será colhida e assim então
Florescerá no infinito, na imensidão
Pela ponta do alfinete, fonte de ressurreição.
Deborah MM
segunda-feira, 4 de dezembro de 2017
Guarita
Estarei a olhar distante
Para a tua saga de errante
Deixando que tu vivas
E que enfim se decida
Entre ir ao mar
Ou armar a rede no lar.
Deborah MM
Para a tua saga de errante
Deixando que tu vivas
E que enfim se decida
Entre ir ao mar
Ou armar a rede no lar.
Deborah MM
quinta-feira, 30 de novembro de 2017
Pedido
Eu tenho um pedido
Eu quero um dia tranquilo
Um dia sem novidades
Troco tudo pela normalidade
De um único dia morno
Como o banho com água que foi para o fogo
Eu quero a ausência do clímax
Sem classificações e síntese
Talvez seja demais
Enquanto isso a gente faz
E de sol a sol
Os dias nos reduzem a pó
E quando o fim chegar
Nada vai adiantar
Tudo vai ficar
E quem quiser vai cuidar
Enquanto quem fez vai só olhar
E rir, pois vai entender que tudo vai acabar.
Deborah MM
Eu quero um dia tranquilo
Um dia sem novidades
Troco tudo pela normalidade
De um único dia morno
Como o banho com água que foi para o fogo
Eu quero a ausência do clímax
Sem classificações e síntese
Talvez seja demais
Enquanto isso a gente faz
E de sol a sol
Os dias nos reduzem a pó
E quando o fim chegar
Nada vai adiantar
Tudo vai ficar
E quem quiser vai cuidar
Enquanto quem fez vai só olhar
E rir, pois vai entender que tudo vai acabar.
Deborah MM
segunda-feira, 27 de novembro de 2017
No fundo
No fundo do dicionário
Há um narrador imaginário
Que me conta os significados
E como usá-los
No fundo de cada palavra
Encontro o que a muito procurava
E na semântica da gramática
Respondo como se fosse mágica
No fundo achei um falso cognato
Que me lembrou de um fato
Não existe palavra certa ou errada
Há palavra mal usada
No fundo da página vi os hormônios
Próximos dos homônimos
Eles podem até ser antônimos
Só quero não confundir com sinônimos
No fundo da descrição
Encontro a razão da confusão
Culpa é diferente de gratidão
Ou você acha que não?
Deborah MM
Há um narrador imaginário
Que me conta os significados
E como usá-los
No fundo de cada palavra
Encontro o que a muito procurava
E na semântica da gramática
Respondo como se fosse mágica
No fundo achei um falso cognato
Que me lembrou de um fato
Não existe palavra certa ou errada
Há palavra mal usada
No fundo da página vi os hormônios
Próximos dos homônimos
Eles podem até ser antônimos
Só quero não confundir com sinônimos
No fundo da descrição
Encontro a razão da confusão
Culpa é diferente de gratidão
Ou você acha que não?
Deborah MM
terça-feira, 21 de novembro de 2017
A epifania do tolo
O tolo que há em mim,
prefere a ignorância pura
Do que presenciar o fim
da sua homérica procura
Qual é o erro de render-se a insensatez?
E porque me apelidam de tolo?
Eu escolho não ter lucidez
E viver como eu , um bobo
Apenas um tolo permite-se,
enganar-se de qualquer jeito
E sem que ninguém duvide,
surpreender-se de si mesmo
Nos devaneios solitários,
o tolo se abastece de suposições
Seria o tolo um otário?
Ou mais um ser com ilusões?
Entre o peso da pena
e a leveza da bola de aço
A trama segue a lenda
do bobo que não é palhaço
Porque então confiar?
Não há inteligência em esperar!
Ao fim o tolo continua a vagar
Ir e vir sem sair do lugar
Das questões inacabadas,
as garantias conquistadas
O tolo abraça sua obsessão velada
e segue olhando todos como quem não sabe de nada
Afinal, bobo quem é?
Se não alguém que tudo vê
Ou talvez quem muito tem fé
Tolo pode ser
Deborah MM
segunda-feira, 20 de novembro de 2017
Contos de fantasia e contos de realidade
Era uma vez...
É assim que começa? Digam vocês!
Mas sem contar um, dois, três...
Acaba o mês
E a realidade grita: O que você fez?
É curioso demais...
O que se imagina não é o que se faz!
Talvez por isso seja difícil viver em paz
Os contos ensinam a gente sempre ser a mais
Na realidade, esse a mais leva todos para o aqui jaz
Está o conto errado?
Ou será a realidade um fardo?
Para que então realizar o ato?
Fazer e fazer contos sem um fato
Onde está o pó de pirilim-pimpim?
Porque no real custa uma semana para curar o atchim?
Não tem jeito de ir logo para o fim?
Como será que os sonhos se realizam enfim?
Ou no real não há fantasia nem para você, nem para mim?
No real só se imagina um tal de futuro
Ele é tipo pedra, bem duro!
As vezes nele as pessoas ficam em apuros
Difícil viver com esse muro...
Nos contos a fantasia vive o presente em um minuto
E no mundo, se vive a vida com o escudo da fantasia do futuro
Será que a gente pode, simplesmente, acordar?
Escolher abrir os olhos e caminhar
Sem se importar com onde vai morar
Pois no real ou na fantasia é possível ter um lar
É só escolher em que ponto da história você prefere ficar.
Deborah MM
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