prefere a ignorância pura
Do que presenciar o fim
da sua homérica procura
Qual é o erro de render-se a insensatez?
E porque me apelidam de tolo?
Eu escolho não ter lucidez
E viver como eu , um bobo
Apenas um tolo permite-se,
enganar-se de qualquer jeito
E sem que ninguém duvide,
surpreender-se de si mesmo
Nos devaneios solitários,
o tolo se abastece de suposições
Seria o tolo um otário?
Ou mais um ser com ilusões?
Entre o peso da pena
e a leveza da bola de aço
A trama segue a lenda
do bobo que não é palhaço
Porque então confiar?
Não há inteligência em esperar!
Ao fim o tolo continua a vagar
Ir e vir sem sair do lugar
Das questões inacabadas,
as garantias conquistadas
O tolo abraça sua obsessão velada
e segue olhando todos como quem não sabe de nada
Afinal, bobo quem é?
Se não alguém que tudo vê
Ou talvez quem muito tem fé
Tolo pode ser
Deborah MM
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